Escritores, jornalistas, blogueiros foram convidados a escreverem um romance em até 140 caracteres, excetuando o título. Os romances estão em ordem alfabética por autor. Com a palavra os leitores:
Sam Spade — Ademir Luiz
O velho policial aposentou-se, após uma carreira sem glamour. Decidiu virar Sam Spade e escreveu um romance que chamou de autobiografia.
Um Século em 90 Minutos — Carlos Willian Leite
28 dias depois de testemunharem a queda, os heróis do povo foram saudados pelo imperador japonês.
28 dias depois de testemunharem a queda, os heróis do povo foram saudados pelo imperador japonês.
Troca de Segredos — Clara Averbuck
eu lhe conto todos os meus; o sr. faz o cadeado; eu engulo a chave; e ninguém nunca mais fica sabendo. nem eu.
A Cigarra de Wall Street e as Formigas — Denise Rossi
A cigarra chegou na fábrica e demitiu mais de 400 formigas. Um passo em falso na bolsa de valores e estava falida. Teve uma parada cardíaca.
(L)Ego — Eddiemasses
Confundiu Ego com Lego e agora encaixava pedacinhos de sua consciência em múltiplas combinações de personalidade.
Perda Irreparável — Edival Lourenço
Tanto a dizer, de sonhos a compartilhar. Mas de repente você se foi, qual aragem das manhãs. Antes que eu formulasse os termos do discurso.
Zoltan, o Supremo — Edson Aran
Depois de perder o terceiro emprego e a segunda mulher, ele finalmente acionou a máquina pandimensional e virou Zoltan, o Supremo. #SciFi
Depois de perder o terceiro emprego e a segunda mulher, ele finalmente acionou a máquina pandimensional e virou Zoltan, o Supremo. #SciFi
Maria Esteve Aqui — Fal Azevedo
Explicação na página 2, a trepada da página 33, o conflito da página 87, o salto para o nada da página 101. Sem capítulo de redenção. Fim.
Passatempo — Fred Navarro
Jovem, anteviu num sonho o próprio fim, grandioso, heroico. Viveu como um prisioneiro, a esperar esse dia. Morreu esperando.
Vida Sem Vírgulas — Graça Taguti
A vida hoje aboliu vírgulas nos livros e no cotidiano. Amores se esvaem pois falta oxigênio nas declarações. Todos falam sem parar. E morrem.
Mergulho — Jean Boechat
Despediu-se e entregou-se ao amor, com apenas só um pouco de culpa não declarada, mas bem sentida.
Kartón Chrónou — Marco Antonio Barbosa
Eles se encontram no começo do expediente. "E hoje?", perguntou Prometeu. "Morro acima. Mande um abraço para a águia!", respondeu Sísifo.
#eSobra — Marcos Caiado
O Amor do Poeta (começo, meio e fim), cabe inteiro num tuíte: qwertyuiop asdfghjkl zxcvbnm .,?! — É a pena uma questão de encaixe.
Automóvel — marina w.
Ele olhou pra mim e falou: Estou encantado por você. Vieram os beijos, palavras soltas, taquicardia, segredos. Seria finalmente o amor? Não.
Manual de Fome Anthony Garotinho para Greves de Bolso — Mauricio Savarese
Só use se tiver uma causa nobre. Não pense em comida. Pereça diante da imprensa. Não pense em comida. Pensou, não é? Então comece de novo.
A Busca? — Milly Lacombe
Vai em busca do pai, é abusado, mata, foge, escapa da busca original, apaixona-se, tem filho, retoma fuga, é morto p/ policial, q era o pai.
Chantagem — Nei Duclós
Só tenho um poema, disse o menino. Serve, disse o contrabandista. Agora te manda.
Amor, Toccata e Fuga — Nelson Moraes
Minha vida com Giselle era uma partitura. Muito mimimi, ela falando de si e eu ouvindo de dó. No fim, nem eu estava lá, nem ela era meu sol.
Livre-se — Rosana Hermann
Minha vida é um livro livre, livrado, aberto. Minha vida é um libreto liberto. Viverei escrevendo até morrer. Aí, da vida, me livrarei.
Minha vida é um livro livre, livrado, aberto. Minha vida é um libreto liberto. Viverei escrevendo até morrer. Aí, da vida, me livrarei.
Via:Revista Bula
Beijo:*
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